sábado, 18 de janeiro de 2014

A Dinâmica do Conhecimento Organizacional: Post 3 - O Conhecimento e a metáfora do Conhecimento Organizacional

Na extensa literatura que vem sendo produzida nas últimas décadas sobre a firma, uma mais apurada conceituação do Conhecimento Organizacional têm sido relativamente negligenciada, principalmente se levada em conta a centralidade do tema para o entendimento dos elementos, que diferenciam as empresas e lhes possibilitam longevidade.[1]

Cresce a importância da pergunta “por que as firmas diferem e como isto importa?”[2]. Enquanto administradores e estrategistas aparentemente têm a heterogeneidade no cerne de suas investigações, para Nelson[3], em praticamente todas as análises econômicas, até então, as diferenças entre as empresas eram reprimidas.

No entanto, mesmo os que enfrentam diretamente a questão acima, não têm tido sucesso relevante, devido às dificuldades em lidar com o conhecimento - um conceito “problemático demais, o que dificulta muito a tarefa de construir uma Teoria da Firma dinâmica e baseada nele”[4] - e em especial com o Conhecimento Organizacional, pois como será visto a seguir, nessa série de postagens, este é um ativo intangível, dinâmico, emergente e específico de cada empresa.
Devido a suas características especiais, como fenômeno emergente, o Conhecimento Organizacional só pode ser corretamente entendido se utilizadas ferramentas adequadas, que levem em conta a Complexidade, tal como descrita em Agostinho[5].[6]



[1] GOLDMAN, 2010b, p. 04, TSOUKAS, 2005, p. 3
[2] NELSON, 1991
[3] 1991
[4] SPENDER, 1996
[5] 2003
[6] Esta série de postagens é baseada na Tese, disponível na forma original em http://www.ie.ufrj.br/images/pos-graducao/pped/dissertacoes_e_teses/Fernando_Luiz_Goldman.pdf. As referências acima se referem as Referências Bibliográficas daquela Tese.

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