sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Apagão das Engenharias no Brasil

Prezados

Segue a notícia do site do JIE - Jornal de Itaipú Eletrônico. Para acessá-la entre em http://jie.itaipu.gov.br?nid=11883&secao=noticias_itaipu&q=node/11883&conteudo=11883&conteudo=11883

Para ver a apresentação, acessem www.slideshare.net/goldman

Forte abraço

Fernando Goldman


"Apagão" das engenharias no Brasil
18/06/2009 09h35

As razões da queda na procura pelos cursos de Engenharia nas universidades brasileiras, verificada nos últimos anos, foi discutida nesta quarta-feira no IX Sinconee - Seminário Nacional da Gestão da Informação e do Conhecimento no Setor de Energia Elétrica, que está acontecendo em Brasília. O painel "O Apagão das Engenharias no Brasil" foi coordenado pelo professor Heitor Pereira, presidente da SBGC - Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, e contou com a participação de três engenheiros: Fernando Goldman, de Furnas, Neuza Lobato, da Eletronorte, e Maria de Fátima Silva, da UNB.



Depois de expor seus pontos de vista sobre as causas e consequências desse processo, todos disseram que a solução do problema é uma questão de estratégia nacional, pois uma engenharia forte é a principal condição para o desenvolvimento de um país.



As apresentações estarão disponíveis para consulta no site do evento: www.sinconee.com.br.



Contexto, causas e consequências. O engenheiro Fernando Goldman analisou o contexto, as causas e as consequências do fenômeno que ocorre com a formação do engenheiro no Brasil. Ele mencionou Gerschenkron (economista de Harvard), que analisa as economias retardatárias da Alemanha e da Rússia em relação à avançada Inglaterra, no século IX.



Segundo esse autor, as economias bem sucedidas se viabilizam com capital, empreendedorismo, mão-de-obra quaficada e tecnologia. Os retardários, como é o caso do Brasil em relação às economias industriais, podem até auferir vantagens dessa condição, porque conhecem os erros e os acertos dos que passaram por essas fases. Isso, no entanto, merece perspicácia e atenção, além de um tratamento estratégico. E é isso, segundo Goldman, que não estamos praticando adequadamente, por não dar ênfase necessárias às áreas de ciências exatas e biológicas.



Goldman apresentou um dado de 2006, quando 40% das matrículas no ensino superior brasileiro foram feitas nas áreas de ciências sociais e humanas e somente 7% o foram na área de ciências exatas. O índice é absolutamente insuficiente para assegurar o progresso tecnológico brasileiro. Ele comparou a média mundial dos indicadores relativos às políticas públicas de incentivo à formação técnica da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) e constatou que o Brasil está abaixo desses parâmetros, enquanto a Coreia do Sul, por exemplo, tem vários indicadores acima da média da OCDE. Já a Dinamarca possui todos os parâmetros acima da média, para citar um exemplo de extremo sucesso.



Ele finalizou tecendo comparativos com os resultados obtidos pela "revolução coreana", sob os ângulos da educação, recrutamento, emprego e aposentadoria, e o fundamental papel do Estado nesse processo. Segundo ele, isso dá indícios muito consistentes do que se deverá fazer no Brasil para que as engenharias retomem seu papel proativo na sociedade.

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