sexta-feira, 6 de julho de 2007

Três Estratégias Para Turbinar a Inteligência Organizacional

Mensagem originalmente postada no Fórum da SBGC em 27/07/2006

Caro Luiz Evânio

Antes de qualquer coisa gostaria de dizer que mesmo sem conhecer seu livro na íntegra, pelo pouco que pude dele ler, já é possível classificá-lo como importantíssimo para a maior divulgação da Gestão do Conhecimento , visando o aumento da efetividade de nossas organizações, a consequente competitividade de nosso país e a qualidade de vida de suas pessoas.Parece papo de político, mas sem dúvida pretendo lê-lo em breve.

Enquanto isso, podemos aproveitar o fórum para provocarmos os demais e sairmos deste ping-pong isolado. Ou seja, convido os demais também a opinarem.

Não acho produtivo para o fórum as mensagens muito grandes, por isso procurarei ser o mais conciso possível.

Quero me declarar defensor entusiasta de uma linguagem comum e bem definida como forma de melhor comunicação na empresa ou fora dela. É parte da minha formação de engenheiro, o que às vezes porém acaba sendo uma limitação.

Pessoas com formação mais humanista, me parece, sentem-se mais à vontade no uso de diversos palavras expressando a mesma idéia, e com uma só palavra representando várias idéias.

Por exemplo, para começarmos de uma forma bem básica: Inteligência.

Na sua resposta, você definiu Inteligência como "a capacidade de identificar novos problemas e de apresentar soluções para eles". É uma boa definição.

Já o Aurélio apresenta várias definições entre as quais destaco :

"1.Faculdade de aprender, apreender ou compreender; percepção, apreensão, intelecto, intelectualidade.
2.Qualidade ou capacidade de compreender e adaptar-se facilmente; capacidade, penetração, agudeza, perspicácia."

........

"6.Destreza mental; habilidade:
Resolveu o problema com a sua inteligência habitual. "

As definições 1 e 2 se alinham com a sua definição de inteligência e poderíamos usar uma linguagem comum definindo :

Inteligência Organizacional é a capacidade de uma organização compreender e adaptar-se ao seu ambiente de negócios, seja ela pequena ou grande, lucrativa ou sem fins lucrativos.

Pois veja como as palavras da linguagem natural nos pregam peças.

A capacidade de compreender e adaptar-se nada mais é do que a capacidade de aprender.

Aprender não no sentido de aprendizado por assimilação, limitando-se a receber informações. Aprender no sentido de se transformar, se adaptar para atender as solicitações do mundo exterior.

Daí a idéia de Learning Organizations.Daí a idéia hoje tão difundida de que “a capacidade de aprender mais rápido que os concorrentes é a única vantagem competitiva sustentável a longo prazo para uma organização”.

Então, voltando à definição :

“Inteligência Organizacional é a capacidade de uma organização aprender mais rápido que os seus concorrentes.”

Que tal ?

Naturalmente, para aprender( se adaptar) mais rápido que os seus concorrentes ela precisará, como você disse, usar a capacidade coletiva disponível na organização para identificar de maneira pro-ativa situações que recomendem iniciativas de aperfeiçoamento, conceber, implementar e operar sistemas aperfeiçoados, utilizando os recursos intelectuais da própria organização e etc.

Precisará também como definiu Karl Albrecht, "mobilizar todo seu potencial intelectual disponível e concentrar tal capacidade na realização de sua missão"

Já que isso é um fórum,(atenção Fernando Jefferson) gostaria de ouvir opiniões sobre estas definições para então podermos conversar sobre as desconfianças com a palavra “inteligência”, a inteligência empresarial, a inteligência coletiva, a inteligência competitiva e qualquer outra inteligência que alguém queira trazer à discussão.

Menos a minha, é claro! Ela não anda lá essas coisas.

Um abraço

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